Balneário contra os Patinetes Elétricos!

Os Patinetes elétricos se tornaram febre mundial na mobilidade urbana. Para muito além do lazer, se tornou substituto de carros e outros transportes públicos que além de engarrafarem as cidades tornam o ar mais impuro para todos.

O decreto da prefeitura de Balneário Camboriú, que entrou em vigor no dia 20 de agosto de 2019, paradoxalmente vai contra essa tendência mundial de facilitar a troca do transporte clássico pelo sustentável. Esse questionamento não serve para os veículos elétricos de grande porte e potência maiores, mas apenas para os patinetes elétricos que representam mais de 99% dos transportes desse tipo no mundo (Modelo da Foto). Vejamos os pontos do Decreto:

 Patinetes

- Circulação em ciclofaixas ou ciclovias;

- Circulação em velocidade inferior a 20 km/h;

- Proibido trafegar por calçadas;

- Na ciclofaixa da Avenida Atlântica fica proibido o uso entre 8h e 12h de fins de semana e feriados.

 

Não poder andar na calçada mesmo que por pequenos trechos é quase impossível para quem usa esse transporte no dia a dia, além disso vai contra a regulamentação atual do Brasil, resolução (315/09) do Conselho Nacional de Trânsito. Essa resolução prevê, por exemplo, velocidade máxima nas calçadas de 6km por hora e de 20 km/h para ciclovias; e não fala em uso de capacetes para a circulação nessas velocidades máximas.

Algo ainda mais absurdo do que restringir os locais é restringir os horários de uso.

O patinete elétrico mais vendido no mundo não oferece maior risco aos pedestres do que uma bicicleta por exemplo. E a nossa cidade ainda não possui uma malha de ciclovias lógica e bem conectada para oferecer aos moradores. Qual o sentido de fazer com que os usuários de patinete corram risco junto a veículos de grande porte como carros, ônibus e motos quando temos em muitos trechos excelentes calçadas com acessibilidade?

De fato, esse decreto especificamente no quesito patinete deveria ser repensado antes de saírem aplicando multas por aí, pois da forma como está vai manter mais veículos na rua, gerando muito mais caos para a cidade do que alguns patinetes andando eventualmente nas calçadas entre as poucas ciclovias que temos.